O caçador de pipas, de Khaled Hosseini
No livro O Caçador de Pipas de Khaled Hosseini, o autor relata com muita riqueza de emoções a amizade de dois meninos que vão se tornar irmãos só no final da história. A narrativa começa no Afeganistão da década de 70 e mostra a amizade de Amir e Hassan. Os fatos que constroem este livro mostram as muitas aventuras destes pequenos personagens, as diferenças sociais e as dificuldades de viver uma guerra, permeado de angústia do começo ao fim e apenas no final, revelam-se segredos que provocam no leitor uma infinidade de porquês.
O fato mais relevante a ser considerado neste best seller, é da amizade que construímos na infância, todos temos aqueles amigos que por mais que os anos tenham passado, ainda vivem enraizados em nossa mente, pois são estas as amizades que realmente conhecem nossa verdadeira história, em suas tristezas e derrotas, mas principalmente nas alegrias e conquistas, naquilo que foi vivenciado sem glamour, porque estes amigos sabem sobre a nossa infância verdadeira porque viveram-na conosco, mas a coisa mais legal é que eles tem lembranças reais de momentos que infelizmente e as vezes até nós já perdemos.
Com estes amigos é possível ser quem somos sem filtros, porque eles nos viram como fomos na essência e sabem a origem, possivelmente será natural a sensação de “estar em casa e a vontade” com estes, porque eles sabem a história, fizeram parte dela e com eles não há necessidade de filtros.
E por mais que existam lacunas de tempo, quando os reencontros ocorrem com estas amizades das antigas, elas recomeçam de onde pararam, nestas situações o espaço tempo não tem relevância.
Assim como Amir após se perder de seu grande amigo, depois de muito tempo vê a necessidade de buscar e reencontrar Hassan, todos temos vontade de buscar do passado as amizades dos primeiros anos de sala de aula e de nossa infância, estas ações podem ajudar a preencher lacunas que se instalaram, assim percebemos onde estávamos e a evolução que conquistamos.
As amizades vêm e vão a todo instante, mas algumas criam raízes e elas são as melhores referências para se perceber que a vida não é perfeita, mas ela é assim. Observando as histórias desde o começo podemos perceber que ela foi e é boa de ser vivida.
Paulo C. Andrighe
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