A inércia em não tentar é um ato de covardia

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Ter a coragem ousar, agir, se expor ou ao menos tentar é um privilégio dos corajosos, a recompensa ou a responsabilidade por tentar sempre virá como reflexo do esforço dedicado, afinal os obstáculos são parte da jornada de todos, e permanecer inerte é um gesto de covardia e viver sem se esforçar é apenas existir, somente sobreviver e isto não viver de verdade.

Ao olhar para a história se percebe que são os momentos mais desafiadores que deixam marcas profundas, que criam tatuagens em nossa memória, com o tempo até as experiências mais dolorosas adquirem um certo tom de aprendizado, porque é justamente aquilo que foi enfrentado e superado que permanece conosco, viver sem pequenas superações é como não ter vivido nada de verdade.

Quem não se arrisca a ousar viverá eternamente à sombra dos outros, sem jamais ocupar o papel principal de ser o protagonista e no teatro da vida terá sempre papéis apagados, sem relevância, a falta de coragem para se posicionar o condena a ser apenas uma samambaia decorativa em um belo vaso esquecido num canto bonito, mas sem voz ou presença relevante.

Apenas observar o mundo girar, sem mostrar a que veio é um ato de covardia, é recusar-se a contribuir para o crescimento dos outros, é sabotar a si mesmo por medo dos atritos que moldam o caráter e que ajudam a lapidar as personalidades, conter-se diante da vida é como um barco naufragando, porque um naufrágio nunca é solitário e sempre leva para o fundo muitas histórias de vida.

A Bíblia Sagrada (NVI) nos lembra, em 2 Timóteo 1:7, “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”, isso revela que superar-se é tanto um direito quanto uma responsabilidade de buscar tornar-se alguém melhor, é essencial para abandonar as pequenas desculpas que pouco a pouco, nos afastam de viver a vida, onde a soma de muitos desinteresses vão aos poucos roubando o tempo que era para ser usado para vivenciar as oportunidades da vida.

Por mais difíceis que as coisas pareçam difíceis ou complexas, tentar quase nunca custa tanto quanto imaginamos, o verdadeiro preço está em não agir, isto é assumir que é melhor não correr o risco de errar, mesmo que isso signifique nunca sequer tentar.

O grande valor da vida está em aprender arriscando, é preciso tentar porque é nas tentativas que os resultados nascem, nem sempre tudo dá certo, mas tropeçar e ralar os joelhos faz parte do processo de aprender a caminhar, ser covarde é recusar-se a tentar, é não viver de fato e usar a inércia como desculpam, é se contentar em ser apenas um belo vaso de flor esquecido no canto da sala.

Paulo C. Andrighe

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Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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