É nos detalhes que se fazem as conquistas
Em uma tarde dessas num dia normal tradicionalmente agitado e acelerado, com uma chuvinha leve pra fadigar a alma, estava no carro e num estacionamento ao telefone, quando do outro lado da rua uma moça estava num vai e vem com seu carro, na tentativa de estacionar e nisso o anjinho do bem se atreve a intervir numa excelente oportunidade de contribuir
Era percebível que lhe faltava prática, algo que não desabona, já que muitos fogem até de estacionar e nem sobre fogo cruzado admitem arriscar tentar colocar o carro “de primeira”.
É hora de contribuir, fui até ela e lhe disse que iriamos trabalhar juntos, após devidamente apresentados começamos o embate num esterça mais, pode ir, vira tudo, agora para o outro lado, vai mais, agora vira tudo e por aí foram alguns instantes até que por final e muito bem estacionado, finalizamos nossa tarefa com sucesso, a Rosane saiu do carro me agradecendo, digo até em exagero e me dando mil justificativas do porquê de não ter conseguindo, o que não havia necessidade, mas o importante é que ambos ficamos satisfeitos.
Entre sair do conforto do meu carro e finalizar a tarefa deve ter transcorrido em torno de dez minutos, o que é praticamente nada em nossas vidas, mas durante este ato percebi rostos nitidamente críticos expressando pensamentos como “barbeira” ou que havia comprado a carteira, mas tomara que a perfeição tenha sido solidária a estes ditadores de carteirinha, já que para críticas não se necessita esforço algum.
Mas o que se ganha fazendo o bem ou realizando pequenas gentilezas?
Nada. Praticamente nada.
Mas pequenas ações quando espontâneas fazem muita diferença e facilitar a vida de alguém é bom e faz bem.
Ninguém fica famoso ajudando um idoso com muitas sacolas de compras na mão a atravessar a rua, pequenas ações não dão audiência, na verdade apenas quem faz poderá sentir e apreciar, o certo é que vão trazer um sentimento que o dinheiro não compra.
Segundo a Bíblia Sagrada (NVI), em Isaías 41:6, diz que “… cada um ajuda o outro e diz a seu irmão: Seja forte!”, não se sabe em que momento de nossa existência a prioridade deixou de ser o outro e a auto sobrevivência é que se sobressai, mas quem sabe com pequenos passos ou em alguns milhares de anos o mundo volte a ficar mais humano.
Paulo C. Andrighe
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