Mama, I’m Coming Home – Ozzy Osbourne

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Enquanto escutava a canção Mama, I’m Coming Home na voz do icônico Ozzy Osbourne, quando alguém ao lado comenta dele ter arrancado a cabeça de um morcego com os dentes durante seu show em janeiro de 1982, lá se vão mais de 43 anos desde este fatídico e polemico momento, mesmo este fato tendo ocorrido a mmuuiittoo tempo ainda da bafafá, minha argumentação foi de que é possível gostar de algumas coisas e não necessariamente de tudo. Até porque esta canção foge muito ao estilo do repertório deste irreverente cantor metaleiro que com o apelido de “Príncipe das Trevas”, nunca conseguiu ter boa fama e ser visto com bons olhos.

Aí está o problema que insiste em se tornar relevante, onde o extremismo impõe que quando se gosta de algo ou de alguém, tem que ser 100%, de que não se pode simplesmente gostar de algumas coisas e desgostar de outros fatos.

E o mundo que é a única verdade verdadeira em tudo reforça que ao se posicionar em algo, que se não for 100% alguém ou certas opiniões, é porque não se tem opinião formada, que ficar em cima do muro é errado, que é necessário se posicionar ou ter opinião definida para tudo, que gostar de algo e não do todo é errado, tem que ser tudo ou é nada.

Não há necessidade de ser exclusivo de uma linha de pensamento já que somos moldados por uma associação de tudo o que queremos ser, somos um quebra cabeça em construção daquilo que almejamos ser.

Somos partes do muito que gostamos da Maria, do Marcelo, da Nádia, do Gerson, da Rosane e de tantos outros que nem fazemos ideia, nos apropriamos das contribuições do Roberto, da Tainara, do Pedro, do Márcio, do Júlio e dos inúmeros outros que nos rodeiam, que com suas características se somam aos anseios que se almeja ser. É preciso saber que os desafetos também somam para nossas interpretações já que buscamos continuamente não ser o que eles são.

Somos um reflexo de tudo aquilo queremos ser e principalmente uma busca incessante em não ser aquilo que não gostamos em outros.
É bom não eliminarmos pessoas próximas simplesmente por não gostarmos de um ou outro detalhe, ser intolerante com opiniões alheias pode fazer com que no final sobre poucos que ainda nos tolerem. Ter muitos não é bom, mas ter poucos também não favorece. Até porque perder solidários a uma causa por motivos fúteis é fácil e encontrar pessoas ou reconquistar é sempre mais difícil, preservar pessoas próximas é uma boa dica a ser cultivada.

Não é necessário gostar de todos os livros da Bíblia, mas é importante aproveitar bem todos aqueles que agregam e que fazem diferença, que influenciam e que motivam movimentos.

E reforçando que sempre contribuímos com outros, por menos que seja, o importante é ter responsabilidade de que para muitos nós damos algo, eles tomam de nós e também nos dão experiencias e conhecimentos, sempre existe uma troca e tomara que sejamos relevantes para alguns e desta forma não passarmos despercebido e sem relevância no caminhar da vida.

Paulo C. Andrighe

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Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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