Optar por livre arbítrio é pagar mais caro

Realizar determinada ação, é opcional na maioria das vezes, claro que existem coisas que caem no colo e somente “realizar” é a opção e ponto final, mas que bom que a maioria das coisas se pode escolher fazer ou não.

Todos têm a opção de fazer algo ou não.

Temos o livre arbítrio, para direcionar as decisões baseadas no conhecimento que se tem e estes direcionamentos serão tomados sempre com a consciência de ser a melhor opção, até porque optar em fazer algo sabendo não ser o correto também é uma decisão, só é necessário consciência de saber que as vezes o errado não é a opção mais certa.

Toda decisão realizada tem um custo a ser administrado, comer ou beber muito se conquista peso e vícios complexos de serem administrados, dormir demais sem necessidade é abrir mão de gozar a vida, jogar videogame por infinitas horas são conquistas de troféus que não podem ser postos a mesa, maratonar muitas séries é mofar no sofá, gastar muito e desnecessariamente é adquirir problemas financeiros que em certo momento com certeza vão bater à porta.

Questionar as próprias decisões é construir discernimento já que é através da autoanalise que proporcionará os melhores rumos a serem tomados, o que precisa ficar claro é que se algo foi pensado, um rumo foi direcionado e porventura obstáculos vierem a acontecer, que isso faz parte de um processo evolutivo e se cobrar de forma desmedida por falhas, é um flagelo desnecessário.

Pensar para agir é uma forma de melhora contínua e tomar decisões por impulso costumeiramente é falta de amor próprio. Temos por hábito admitir sermos sempre bons e donos da verdade e por vezes reafirmamos isso para que nossas opiniões se concretizem, estas falas serão sempre ditas para quem nos é solidário, desta forma se ganha segurança e apoio nas decisões, mas ainda bastará saber se é a verdade certa ou uma ilusão reforçada.

Existem pessoas que expressam com facilidade a condição de não saber tudo e que estão sempre aprendendo, é um processo natural de constante evolução, da mesma forma que outros tem opinião segura de tudo e qualquer coisa, possuem o dom da verdade única e sentem prazer em perceber que estão criando direcionamento para outros, mesmo sabendo da fragilidade daquilo que foi repassado.

Ter um ponto de vista e estar aberto a reinterpretações é tirar o ego do centro das verdades e se posicionar como eterno estudante da vida.

Se uma decisão será tomada sozinho ou entre vários solidários à mesma causa, se será elaborada e muito estudada ou tomada por impulso, o fator relevante é ter segurança no agir, habilidade e capacidade de ser flexível com as variáveis que ocorrerem, admitir ser frágil e saber pedir ajuda é uma virtude que poucos sabem gerir.

Estamos a todo instante provocando movimentos em nós e naqueles que nos rodeiam, esses passos tem dois olhares constantes, sendo um, o de quem realizou e que precisa ter ciência das consequências desta ação tomada e que precisa estar associada a uma autoanálise que é fundamental para o crescimento pessoal; o outro olhar, o mais pesado, é o dos muitos dedos apontados com julgamentos muitas vezes desproporcionais, é necessário compreender e discernir o que é crítica que contribui daquela que é apenas dor de cotovelo por inveja de não saber caminhar sem um saco de pedras para serem atiradas, por somente gostar de atirar.

Basta saber se estamos no grupo que joga livros com conhecimento para contribuir em uma evolução contínua ou naquele que usa uma metralhadora a tiracolo, no modo automático, sempre carregada com farpas pontiagudas e banhadas em sal, para com um único clique fazer belos estragos.

Paulo C. Andrighe

Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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