A revolução dos bichos de George Orwell

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Esta obra emblemática foi escrita em 1945 e traduzida para inúmeros países e proibida em uma infinidade de outros países, tudo acontece em uma granja de animais que é administrada pelo Sr Jones, ele é um homem agressivo e de temperamento difícil, desta forma os animais se revoltam e os porcos começam a dominar a fazenda toda, entre golpes e corrupção as crises pelo poder vão se arrastando entre os ditadores do poder e as lutas dos outros animais tornam-se costumeiras na fazenda.

O autor George Orwell faz um relato nesta obra que mesmo tendo mais de 80 anos ainda é atual e oportuna, a quantidade de pessoas que são ludibriadas e enganadas pelos “contos do vigário”, os oportunistas sempre existiram e no futuro certeza de que vão continuar existindo, seja enganando a sociedade inteira ou ludibriando a Mariazinha para lhe roubar o pirulito, fato é que eles só existem porque como se diz “trouxa raleia, mas não acaba”, relevante mesmo é ser esperto para não morrer na praia.

Esta fábula aborda as fraquezas humanas exploradas e manipuladas pela política e estes como massa de manobra numa sátira de linguagem simples em que os animais se tratam por “camaradas”, e que privilégios como as melhores comidas e bebidas eram destinados para classes que se intitulavam detentores do conhecimento, estes atarefavam o resto da bicharada com muito trabalho e cada vez menos comida.

As vezes a ficção se mistura com a realidade, quase bem atual por sinal com o que acontece em reinados disfarçados de democracias, quando os interesses púbicos se misturam exageradamente com os interesses pessoais, descaradamente nada escusos.

Um detalhe interessante é que em certo momento os animais são proibidos de cantar e não dá para se entender o motivo, simplesmente acontece a censura. O jogo do poder acontece ao bel prazer de alguns que são corroídos pela ambição e pelo glamour de dominar, corrompendo até aqueles que se presume bem lá no fundo eram detentores das melhores intenções.

Vivemos numa época em que conhecimento e informação estão ao alcance das mãos, mas a maioria não tem interesse em se informar e reter conhecimento, estão todos tão empenhados em viver ou muitas vezes tentando sobreviver, que não se percebem que os oportunistas da vida real estão à espreita ou como o dito popular se refere, só esperando o coveiro dar mole para pegar inclusive ele.

Esta obra nos ensina que qualquer sistema político é interessante e que todos tem seus prós e contras, nenhum sistema é eficiente por completo e o problema esta em quem manipula os sistemas  já que na maioria o ser humano é factível a erros, todos podem se corromper, ceder a caprichos, até os mais céticos e puros, é preciso existir vigilância e balizadores, principalmente olhar para as lideranças que tem muito carisma pois são as mais perigosas, pois quando se está sendo muito agraciado a linha entre a bajulação e o abuso de poder caminham de mãos juntas, num piscar de olhos a igualdade entre semelhantes vira desacordo e um destes será subjugado.

Em síntese, é preciso focar na transparência e honestidade plena, utopia ou não é o que deveria prevalecer, porque se existe alguém sendo autoritário é porque na outra ponta existe um passivo que ri com o circo instituído e feliz com o belo pão amanhecido do dia a dia.

Paulo C. Andrighe

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Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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