A rotina de ser e se manter otimista
Era uma terça-feira, por volta das 10h30 da manhã, quando entrei em uma loja e um vendedor se aproximou, trazendo um sorriso forçado, daqueles que tentam transmitir simpatia, mas sem muito sucesso, logo soltou um “Hoje o dia está de matar… Mas, o que seria para o senhor?”, fiquei em dúvida se deveria responder ou apenas deixar a frase no ar, até porque fiquei imaginando uma infinidade de frases para quebrar o gelo e iniciar uma abordagem com sucesso, mas enfim, afinal de contas se às 10h30 de uma terça-feira ele já se sentia assim, imagine numa sexta-feira, perto das quatro da tarde.
Ser otimista é viver em pleno estado de confiança e esperança, acreditar que o “daqui a pouco” trará algo melhor, é cultivar uma atitude positiva e enxergar o lado bom das coisas, claro que manter-se 100% otimista, como se tudo fosse sempre perfeito, não é simples, ainda assim, esse deveria ser o espírito que conduzisse o nosso dia a dia.
Deveríamos manter a nossa volta apenas pessoas que irradiam otimismo, que vivem a felicidade, que confiam na superação dos obstáculos e aquelas que encaram as adversidades não como derrotas, mas como etapas de algo maior, alguns podem dizer que isso é utopia, mas se para alguns é possível, significa que todos nós também podemos praticar.
Nenhum vendedor consegue vender para todos, pois o 100% simplesmente não existe, as oportunidades que não se concretizam fazem parte do caminho rumo a um objetivo ou propósito a ser alcançado e isso é persistir, na vida o que não deu certo hoje se transforma em experiência para os acertos do amanhã.
Tudo é aprendizado e bagagem, deve ser encarado de forma positiva e se algo não deu certo, é porque simplesmente não era o momento, isso não significa que a expectativa deva diminuir.
Cultivar o bom humor é um poderoso aliado diante dos percalços que a vida nos proporciona, rir não significa banalizar situações difíceis, mas reconhecer que tudo pode ser superado, o riso fortalece a alma e ilumina também aqueles que estão ao nosso redor, ter uma atitude positiva torna a vida mais leve, basta transformar isso em hábito e lembrar sempre da importância de praticar o otimismo.
E daí que o mundo muitas vezes se guia pela frieza e pelo desejo de ver a derrota alheia, como se para um subir um tem que descer ou como se a felicidade de alguém só pudesse existir à custa da dor alheia? “E daí?”, afinal, o que realmente deve prevalecer é a leveza da nossa alma e a fé no amanhã.
Que sejamos como o esquilo do filme de A Era do Gelo, inabaláveis, destemidos e obstinados na busca pela conquista da nossa “avelã”, mantendo o foco nos propósitos e sem permitir que nada nos desvie do caminho.
Paulo C. Andrighe



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