As futuras gerações vão gerar com pouco conteúdo

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É uma boa oportunidade de interpretar a cena que certeza você já vivenciou algo semelhante, durante o tempo que rodei no supermercado fazendo minhas compras, passando gôndola e mais gôndola até achar tudo que estava na listinha que é alimentada por semanas, percebi uma criança de aproximadamente 5 anos que só não chutou pernas alheias, mas de resto, pintou, bordou, esbravejou, derrubou, mandou e desmandou, o pequeno realmente estava danado da vida, o ruim é que estava sem ninguém para lhe por rédeas ou pelo menos as únicas afrontadas que recebia eram algumas falas pacificas e sem efeito, o fato é que quem realmente mandava na relação era aquele ilustre pequeno anjo, sem sombra de dúvidas.

É percebível que o formato que se tinha de família de tempos mais antigos estão se modificando, valores são outros, existem leituras diferentes para posturas, a honra, a disciplina, respeito, o comportamento e entre outras características do que existiu no passado pelo simples fato de não se saber lidar com as novas gerações que estão surgindo.

Tudo mudou numa velocidade muito mais rápido do que se pode acompanhar, nos tempos da nona ou vovó para alguns, a relação com os pequenos era tensa pois somente existia a opção de obedecer integralmente, num espaço bem curto é possível perceber que a educação dos pequenos, daquilo que nossos pais relatam de como era, observando como fomos apresentados para a vida e de como as crianças atualmente já desde pequenos se posicionam, provoca uma necessidade de se rever conceitos para que a coisa não se degrade e claro antes que se perca o fio frágil da coerência.

É uma verdade que crianças sem limites serão adultos problemáticos e cheios de dificuldades, estes com certeza vão procriar e a pergunta que precisa ser respondida é que tipo de herança está sendo construída para as próximas gerações de filhos e netos?

Criar filhos não é fácil, educá-los para o mundo é desafiador, mas para isto é necessário exemplos de vida, dedicação, boas conversas, aconselhamentos, menos dinheiro, televisão, internet e muito mais família, religião, conceitos e preceitos, mas principalmente é preciso dedicar tempo de relacionamento e convívio, algo meio escasso nos dias atuais.

A pedagoga e escritora Cris Poli, reforça a “necessidade de os adultos cuidarem de modo mais adequado da formação de suas crianças e se você é pai, mãe, professor ou tem alguma influência, pequena que seja, na formação da personalidade de uma criança, é hora de tomar consciência de sua responsabilidade”. É preciso saber que tipo de crianças estamos criando para as próximas gerações e é necessário saber que tipo de ser humano estamos deixando como legado.

Segundo a Bíblia Sagrada (NVI), em Provérbios 22:6, a citação diz, “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos, não se desviará deles”, é necessário ter bons exemplos para se ter boas práticas, mas infelizmente caso não se aprenda nada relevante, dificilmente se terá algo para repassar e ensinar a outros, considerando-se não ter conhecimentos e boas práticas a serem repassadas o melhor mesmo é não procriar novas gerações, pelo menos desta forma se encerram possíveis ciclos cheios de problemas que venham a perdurar em novas gerações.

Paulo C. Andrighe

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Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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