Crianças escolhem o que fazer, mas os adultos não
Quando se é crianças as escolhas são delicadas e fáceis, para elas é assim mesmo, se acertou ela sabe que vai ganhar parabéns e se errar vai levar bronca, decisões simples que fazem perceber o que é certo do errado, até porque para nós, inclusive já sabemos que o mundo gira em torno do umbiguinho destes anjos.
Com vida adulta é preciso negociar com o difícil e complexo, com o que se quer fazer e com as obrigações necessárias, no o que é satisfatório e com a dor da realidade, naquilo que se quer ser sem ter, mas principalmente tem que aprender a negociar com o ego interno.
Às vezes é necessário fazer o que não se gosta e a maturidade embasa estas obrigações, porque outros dependem do movimento que será realizado, mesmo a contra gosto alguns precisam de exemplos.
A vida adulta nos provoca a refletir as escolhas, por mais simples e práticas que possam ser, as definições precisam ser direcionadas pensando no todo, não apenas naquilo que se gosta, nós não somos ilhas, os que estão a volta dependem destas interações e as decisões alheias também nos afetam e impactam.
As vezes não gostamos de preencher relatórios, mas aquele trabalho remunera bem, estudar é cansativo, mas as conquistas são relevantes, fazer um prato diferente no jantar suja muita louça, mas os elogios afagam, limpar uma casa da trabalho, mas a organização da prazer, inúmeras ações são chatas mas os louros são visíveis, tem coisas que não se gosta de fazer mas é preciso executar para dar exemplos.
Está claro a expressão de que ninguém é obrigado a nada e isso é uma lei, mas é uma obrigação compreendermos as necessidades daqueles que nos rodeiam, favorecer para se tornarem melhores, nós olhamos e somos vistos e os exemplos precisam ser convincentes.
Existem limitações que são criadas simplesmente para ocultar bloqueios, quando na verdade são respostas que insistem em não ser respondidas, as zonas de conforto são oportunidades para tarefas que nem sempre são complexas.
Em síntese, olhar para o resultado e as consequências das ações deve ser o objetivo, talvez parar de olhar para a obrigação do problema possa contribuir com novas verdades.
Não é preciso fazer tudo, mas tem coisas que são uma obrigação da vida adulta e fazer para interagir também faz bem.
Paulo C. Andrighe
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