E quando o teto é de vidro
É uma situação extremamente desconfortável, mas quem nunca passou por isto, pelas fofocas maldosas que buscam manchar a reputação de alguém e mesmo que não sejam graves elas sempre prejudicam e deixam marcas, mais ainda quando quem espalhou a conversa distorcida é uma pessoa próxima.
Falar das pessoas é uma coisa natural, falar com outros sobre os outros é uma forma de comunicação, falar de pessoas é interessante e forma a personalidade, falar de alguém é importante para mostrar características e para alguns até divertido partilhar informações alheias, até por que isso aproxima as pessoas, o que pesa é a forma de falar e o motivo da informação.
A fofoca em geral é uma forma de autoafirmação, uma forma de se comparar com outras pessoas e se observarmos quando alguém está fazendo comentários sobre outros, seja positivo ou negativo, tende a demonstrar sobre suas atitudes e comportamentos, é um desejo de ser o outro e é uma forma de dizer, de convencer a si mesmo de que é melhor do que a outra pessoa.
Quer gostemos ou não as pessoas falam de você para outros e as vezes dos outros para nós, assim como nós também falamos, só é preciso observar para aqueles que têm teto de vidro, porque se quebrar, é problema na certa e as vezes a pedrada acerta, quebra este vidro e uma confusão ganha proporção.
O importante é o que falar e para com quem prosear, como vamos reagir, se vamos simplesmente ignorar, se o melhor é investir na reputação para desqualificar o comentário, se o melhor é ir até a pessoa e pedir porque isto e para que tudo isso. Mas e quando se descobre que alguém espalhou um boato, é possível procurar a pessoa para com sangue frio, calmamente conversar sobre o problema? Detalhe é sempre manter a compostura, nunca e sobre hipótese alguma descer do salto, mas se isso acontecer a melhor coisa é ter calma e ser paciente, que não haja a necessidade de pagar na mesma moeda até porque dor de barriga todos podem ter e não dá uma vez só.
E porque as pessoas fazem fofocas? É uma excelente pergunta, segundo Leandro Karnal, historiador e professor universitário, as “pessoas elevadas falam de ideias, pessoas medianas falam de fatos, pessoas vulgares falam de pessoas”, são os que nos rodeiam que dizem quem somos e segurar a língua presa na boca evita mordidas desnecessárias.
Paulo C. Andrighe
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