Homem não presta. Mas é todos ou só aquele???
E no site de notícias estava a nota enfatizando com letras maiores que um homem, sexo masculino, havia tirado a vida de sua companheira, do sexo feminino, a nota citava informações sobre o motivo de ter culminado com esta morte e mais alguns dados histórico deste tipo de crime em que envolve um casal onde o homem tira a vida da mulher, mas o fator desta argumentação eram os comentários no rodapé da matéria e o mais interessante dos comentários, um em especial considerando a riqueza de palavras que se aplicariam, a única palavra que estava escrita era “homens”, mais nada, somente esta palavra.
Segundo o dicionário a palavra homem, entre suas definições é “pessoa que se identifica com o sexo ou com o gênero masculino”.
É fato conhecido que o masculino tem maior vínculo com violência e homicídios do que o feminino, mas é preciso analisar o contexto do entorno sociocultural, somando-se uma infinidade de variáveis para dizer os motivos e justificar as condições que levaram a tais resultados violentos, os ambientes condicionam fatores para direcionar onde um dos gêneros será mais agressivo ou mais pacifico, o que não pode ser atribuído de que o feminino em sua totalidade é pacifico.
A parte relevante é que existe uma infinidade de bons homens (masculino) em todos os lugares, brotam bons exemplos de compromisso e dedicação na buscam de preservar a integridade de famílias e no zelo por grupos de pessoas, certeza que não há necessidade de aprofundar-se muito, um olhar a volta se perceberá aqueles que somam muito, como amigos, vizinhos, tios, pais, namorados, maridos, colegas de trabalho, que através de abraços, afagos, carinhos, atenção, palavras, em pequenas ações, através de músicas, textos, poemas, filmes, boas intenções, onde muitos homens fazem ou fizeram na busca de somar sem almejar dano, o bom é que estes homens que se movimentaram não são perfeitos, na busca de tentar todos erram, assim como o lado feminino também erra tanto quanto igual.
Enquadrar que todos os homens são abusadores, agressivos, violentos, maus, perversos, mesquinhos, falsos, mentirosos, sujos, bárbaros, somando mais uma infinidade de adjetivos para justificar que o lado masculino é nocivo, justificando que eles carregam um gene ruim, não é correto que todos sejam como ervas daninha, se o masculino for o problema do mundo é só eliminar pela raiz, todos eles, do mais velho ao que irá nascer, problema resolvido. Mas acredito que na próxima geração se terá outra dificuldade.
O problema é o ser humano racional, prepotente, egoísta que se define como ser superior, é ele que precisa ser reestruturado desde o berço em lares com mais dignidade e nas sociedades com mais equidade, se existem classes superiores estas podem sim favorecer, orientar e conduzir para a resolução de fato, sem ficar divagando infinitamente, as vezes só contribuindo com o que se está a volta já é favorecer o mundo, com pequenos passos se minimiza as consequências de um todo e sem a prepotência de generalizar mostrando que tal lado ou classe é o problema.
Vivemos em microcosmos ou em bolhas, preservando conceitos e distanciando o que não se soma, o problema é que quanto mais distante de realidades verdadeiras se vive mais distorcido é o formato do pensamento que está instituído. Ao se fechar para o divergente se cria personalidades frágeis de pluralidade, pois teve um que tentou salvar o mundo e o pregaram numa cruz então é melhor não ir muito longe, ajudando os seres humanos próximos é certeza que estes não vão bagunçar a vida dos muitos que ainda vão se somar.
Paulo C. Andrighe
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