Mama, I’m Coming Home – Ozzy Osbourne

Enquanto escutava esta canção uma pessoa ao lado me disse que em um show o Ozzy arrancou a cabeça de um morcego com os dentes, mesmo tendo feito este “show” a mmuuiittoo tempo ainda da bafafá, minha argumentação foi de que é possível gostar de algumas coisas e não necessariamente de tudo. Até porque esta canção foge muito ao estilo do repertório deste irreverente cantor.

Aí está o problema que insiste em se tornar relevante, onde o extremismo diz que quando se gosta de algo ou de alguém, tem que ser 100% e de que não se pode simplesmente gostar de algumas coisas e desgostar de outros fatos.

E o mundo que é certo em tudo diz, leia-se como opiniões alheias, que se não for 100% alguém ou algo, é porque não se tem opinião, que ficar em cima do muro é errado, que é necessário se posicionar ou ter opinião definida para tudo, que gostar de algo e não do todo é errado.

Não há necessidade de ser exclusivo de uma linha de pensamento já que somos moldados por uma associação de tudo o que queremos ser, somos um quebra cabeça em construção daquilo que almejamos ser.

Somos partes do muito que gostamos da Maria, do Marcelo, da Nádia, do Gerson, da Rosane e de tantos outros que nem fazemos ideia, nos apropriamos das contribuições do Roberto, da Tainara, do Pedro, da Márcio, do Júlio e dos inúmeros outros que nos rodeiam, que com suas características se somam aos anseios que se almeja ser. E é preciso saber que os desafetos também somam para nossas interpretações já que buscamos continuamente não ser o que eles são.

E é bom não eliminarmos pessoas próximas simplesmente por não gostarmos de um ou outro detalhe, ser intolerante com opiniões alheias pode fazer com que no final sobre ninguém ao lado. Ter muitos não é bom, mas ter poucos também não favorece.

Não é necessário gostar de todos os livros da Bíblia, mas é importante aproveitar bem todos aqueles que fazem diferença, que influenciam e que motivam movimentos.

E reforçando que de todos temos um pouco e o importante é ter responsabilidade de que para todos nós damos algo, e tomara que sejamos relevantes para alguns de desta forma não passarmos despercebido e sem significância.

Paulo C. Andrighe

Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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