Para migrar tem que ter coragem. Só os ousados entenderão!

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É preciso reconhecer e valorizar a coragem de algumas pessoas que ousaram mudar em busca de algo melhor, a Jéssica teve fé e foi para outro país, a Letícia se aventurou em outro estado, a Marinalva cruzou o país e o Charles foi ainda mais longe, literalmente para o outro lado do planeta, esse sim podemos dizer que “é louco de pedra”, uma loucura admirável a destes que ousam com coragem recomeçar e se reinventar.

Cabe aqui nossa reverência à coragem de quem decide sair do conforto da comodidade acostumada para enfrentar ambientes muitas vezes completamente diferentes, é um ato de ousadia e reconstrução, digno de admiração, sobretudo quando se percebe que muitos não têm coragem sequer de mudar de bairro e assim como as formigas, que jamais se arriscam a perder a trilha e a rotina já estabelecida.

Ao contrário dos que se lançam em busca de novos mundos, há aqueles que preferem permanecer no mesmo cenário, criando raízes profundas onde estão e não existe erro algum nesta escolha, é apenas uma forma diferente de viver, cada história é construída à sua maneira, no entanto é importante notar que alguns permanecem por escolha nesta inanição por medo de ousar, enredam-se na rotina e convivem com o mesmo de sempre, talvez por instinto de autopreservação, até porque evitar a dor e o desgaste também é em certa medida, uma lei da natureza.

É admirável e digno de todas as honras aqueles que em gerações passadas, atravessaram oceanos movidos apenas por uma esperança, a de encontrar prosperidade e uma vida melhor, estes partiram para outros mundos com culturas distantes e com poucas informações, sustentados apenas pela crença de terem escutado que “lá é muito melhor”, assim o mundo se fez, com alguns sacos de pertences aos ombros, coragem no peito e uma imensa vontade de recomeçar, eram viajantes movidos pela curiosidade, essa centelha reservada a uns poucos atrevidos que ousaram viver o desconhecido.

Nos relatos do ousado Charles que atravessou para o outro hemisfério, há um tom de surpresa ao mencionar que “é estranho que as visitas quando entram em outra casa tiram os sapatos”, é absurdamente estranho quando coisas simples ganham status de algo que diverge daquilo que temos por verdade, como é bom vivenciar o diferente e aprender com o novo, se reeducar com verdades que já existem em nós, ousar ir longe é uma forma de ampliar horizontes, de descobrir o inusitado e sobretudo, de compreender que sempre há algo a aprender e a aprimorar em nós diante de outras culturas.

Parabéns àqueles que migram, seja indo ou voltando, movidos pela fé no diferente e pela ousadia de “se mudar”, isso é atitude de gente corajosa, é preciso atrevimento e força para deixar o conhecido para trás e se lançar no novo, mudar exige entusiasmo e disposição, de certa forma é reviver o espírito aventureiro que impulsionou gerações passadas a desbravar novos caminhos em busca de um futuro melhor.

Aqueles que migraram no passado foram corajosamente ousados como estes que nos dias de hoje se aventuram, merecem parabéns pela fé e pela determinação de acreditar em um amanhã melhor.

Paulo C. Andrighe

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Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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