Prison Break – Em Busca da Verdade
A pergunta que busca reflexão é se a pessoa que você ama estivesse em perigo, qual é o limite que você estaria disposto a ultrapassar para protege-la? Até onde você iria por ela?
Prison Break – Em Busca da Verdade (2005) é uma daquelas séries que prendem desde o primeiro episódio e nos fazem refletir sobre até onde alguém é capaz de ir para proteger quem ama, a trama mergulha fundo em temas como família, lealdade e confiança entre irmãos, conduzindo o espectador por 92 episódios repletos de tensão, reviravoltas e adrenalina. Lincoln Burrows (Dominic Purcell) é condenado injustamente por um assassinato e enviado ao corredor da morte, seu irmão, Michael Scofield (Wentworth Miller), um engenheiro brilhante, decide tomar uma atitude extrema, comete um assalto a banco propositalmente para ser preso na mesma penitenciária onde está seu irmão e em seu corpo, ele carrega tatuado um plano ousado de fuga. Mas, uma vez dentro da prisão, Michael descobre que o caso do irmão está envolto em uma conspiração muito maior, onde políticos e criminosos de alto escalão estão diretamente ligados, enquanto isso, do lado de fora a advogada de Lincoln luta para provar sua inocência, no presidio Michael arrisca tudo para proteger o irmão de uma condenação injusta e desmascarar a verdade por trás de uma armadilha mortal.
Todos temos alguém por quem seríamos capazes de tudo, mas é difícil medir até onde iríamos para proteger quem amamos ou até que ponto esse cuidado se transforma em sacrifício, a verdade é que diante de uma ameaça real, até os princípios éticos e morais mais firmes podem ser deixados de lado.
Proteger quem amamos muitas vezes começa com palavras, conselhos e gestos simples, mas conforme a ameaça cresce, os atos podem se tornam mais concretos e em nome do amor, podemos chegar ao ponto de arriscar a própria vida, quando alguém que amamos está em perigo, os limites morais são desconsiderados e princípios muitas vezes deixam de ter lugar.
É muito fácil afirmar que amor e cuidado são a mesma coisa, que são sentimentos tão próximos que frequentemente se misturam e se confundem, a ponto de parecerem o mesmo sentimento.
Ter alguém sob nossa proteção e fazer com que essa pessoa se sinta verdadeiramente segura ao nosso lado, sabendo que estaremos presentes nas adversidades, oferecendo tranquilidade e apoio emocional incondicional, é o que define a essência de sermos um porto seguro.
É difícil medir até onde somos capazes de ir quando se trata de proteger alguém que amamos, esse cuidado vai além de gestos, se completa em um olhar atento, sempre voltado para o bem-estar, a segurança e a proteção do outro, cuidar de alguém é reconhecer que fazemos parte de algo maior, que completamos e somos completados, é quando o “nós” se sobrepõe ao “eu”, é quando o afeto e o amor promovem um compromisso mútuo.
Assumir a responsabilidade de cuidar de alguém é um gesto de amor genuíno e de entrega sem reservas, sentir-se acolhido é reconhecer que a existência daquela importa, que há respeito e valorização na forma como o outro enxerga, é ter a relevância percebida e respeitada.
Ter alguém a quem possamos dizer, “Estou aqui por você, sempre que precisar” é uma forma poderosa de oferecer segurança, é a presença de se sentir seguro, mas mais do que isso, essa frase transforma quem a expressa, porque nos faz sentir úteis, presentes e conectados, é justamente aí que reside a verdadeira essência de olhar com empatia para o outro.
“Eu estou aqui por você e para te ajudar sempre que precisar” é uma declaração de dedicação e amor ao próximo.
Paulo C. Andrighe
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