Reciprocidade só existe com amor

E a cena que presenciei foi a moça dizer para uma outra pessoa que estava com ela, “você não me ama como eu te amo”, fiquei com vontade de dizer para ela “é assim que funciona, bem vinda ao mundo real, um sempre ama mais que o outro e dedicação, amor, compaixão, ajuda, solidariedade, etc, etc e etc, não tem como medir”, fazer qualquer coisa e esperar que outros façam igual não tem como, tem que seguir conforme o dito popular, é “fazer o bem sem olhar a quem”.

Se algo foi dado que bom, se não foi dado se perdeu a oportunidade, mas o que não se deve é esperar ganhar como retorno.

Criar expectativa e imaginar que outros farão ou terão o mesmo comprometimento que se teve, a mesma dedicação que foi empenhada em fazer um bolo, salvar um animalzinho abandonado, por ajudar uma pessoa; é tolice esperar e é preciso aprender a não criar expectativas, para que a decepção não seja frustrante com aquele “grande amigo”, um parente próximo ou com um colega de trabalho.

Se existem pessoas envolvidas, existe a margem do risco da decepção; porque mesmo que digam que compreendem seus valores e comprometimento, ninguém sabe ou consegue mensurar o que acontece em sua vida ou suas dificuldades.

Fazer algo esperando retorno é risco da compaixão alheia não se materializar.

É preciso fazer e agir sempre, em tudo o que pudermos e naquilo que estiver ao nosso alcance, mas nunca crer em receber reconhecimento por uma ação realizada ou um trabalho prestado, devemos fazer a nossa parte e sempre realizar pensando no melhor, mas nunca aguardar reciprocidade.

Nas palavras do professor, filósofo e escritor Mario Sergio Cortella, é “o amor que cria reciprocidade”, então se existir comprometimento e dedicação toda ação será recompensada com valor e peso maior do que aquilo que foi realizado.

É preciso fazer a nossa parte, realizando ações com amor, ajudando pelo prazer de contribuir, motivando aqueles que precisam, contribuindo com os outros, é preciso fazer para nós mesmos porque no final o universo está percebendo este movimento, e o fator mais reconfortante é o de que quando se dedica a alguma coisa e se faz com amor e dedicação, Deus está te olhando e um sentimento divino está se concretizando a nossa volta.

É só fazermos a nossa parte e o restante “vida que se segue”, dar e receber é como o equilíbrio de uma balança, se não existe a reciprocidade é porque quem recebe não está preparado para receber com paz e plenitude, este ser precisa receber mais.

Paulo C. Andrighe

Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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