Tem que simplificar para facilitar a vida

Três empregos, duas namoradas sérias e algumas “ficantes”, um carro, uma moto, várias dívidas, vários amigos, várias famílias, muitas festas e por aí vai. Este é o Zé, um caboco que é muito versátil, fiquei analisando enquanto ele me contava sobre seu dia a dia, sobre suas rotinas, e tenho que admitir, ele é o “cara”, administrar tudo isto, atender com segurança e presteza a todos não é fácil e conseguir se fazer presente em tudo tem que ser muito dinâmico.

Mas acredito que interferir na vida de tantos e com pouca preocupação é um ato irresponsável, intervir sem compromisso é ato de desrespeito. É como ter um celular novo, existe uma enormidade de recursos, aplicativos, acessórios e formas de ser manipulado, o excesso de informação faz com que a atenção dada seja superficial, para se atender a tudo se prioriza o que está a vista, não existe o tempo necessário para absorver com segurança todo o contexto.

A atenção será superficial e sem compromisso, sempre um pouco de tudo, um pouco de nada para todos e sem comprometimento com ninguém.

Nossa vida é como as mensagens que recebemos pelo celular, quando é curta e tiver imagens se dá atenção por ser mais simples, estas informações ou lembranças rápidas não se tornam duradouras, dificilmente se dá a atenção aos grandes textos ou a grandes compromissos, quando é muito extenso é dispensado porque não temos tempo para se dedicar naquilo que precisa ser processado para ser compreendido.

Nós estamos matando nossa intelectualidade e a ação de dedicação.

Um provérbio curto diz muito, mas é preciso olhar para ele e estudá-lo, ele precisa ser contextualizado para que tenha valor em nossa vida, senão será apenas uma frase curta. Nós precisamos descomplicar sem perder o foco daquilo que nos faz bem, é preciso e necessário se comprometer com o que agrega.

Vivemos em uma era de grande riqueza de conhecimento e informações, mas é preciso focar em ter pouco com muito, do que muito com pouco.

Paulo C. Andrighe

Sou um admirador das letras, da literatura e me apropriando da canção Aquarela, interpretada por Toquinho, onde com um lápis, um papel e muita simplicidade, tudo é possível com a imaginação.

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