Tome uma decisão e se errar não sofra
William Shakespeare afirmou que ” Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”, a hesitação movida pelo receio de não saber se a ação que se pretende é a correta, nos leva a adiar decisões importantes, esse medo constante de agir transforma a procrastinação em hábito, é quando o costumeiro virá algo normal e enquanto isso, a vida continua seguindo seu curso.
As indecisões são dúvidas que corroem por dentro, geram inquietação e intensificam tanto a ansiedade quanto a angústia.
A verdade é que muitas vezes, a falta de ação já é por si só uma decisão, permanecer parado pode ser uma forma de autoproteção, é importante compreender que toda escolha traz consigo algum tipo de dor, decidir seguir em frente por exemplo, é como começar uma longa caminhada e inevitavelmente, surgirão desconfortos ao longo do percurso, por isso alguns preferem não se mover, evitando a dor que o movimento pode causar.
Tomar decisões é de certa forma, abrir mão de uma parte da liberdade, ao escolher um caminho, há sempre algo a se ganhar, mas também algo a se perder, decidir é um ato de liberdade, mas também de responsabilidade, é assumir um posicionamento e acreditar que a escolha feita foi dentro das possibilidades, a melhor para o bem individual, coletivo ou para aquele momento.
Ao definir uma ação e tomar uma decisão, é fundamental ter consciência de que toda escolha exige renúncia, para conquistar algo maior é preciso abrir mão de algo no caminho, abandona-se a liberdade da solteirice em troca da estabilidade de um casamento, deixa-se um emprego seguro em busca de novas oportunidades ou se encerra amizades que não somam para dar espaço para conquistar relações mais significativas.
Ter dúvidas em excesso pode ser sinal de insegurança e a indecisão revela fragilidades que muitas vezes, abrem espaço para que oportunistas de plantão se aproveitem dos medos e hesitações alheias.
A vida é feita de múltiplos caminhos e existem momentos que definem o rumo da vida, é quando se faz necessário escolher uma direção a seguir, para isso é essencial cultivar o desejo de encontrar soluções, observar com atenção o que nos cerca, compreender o contexto e avaliar cada passo com sabedoria, acima de tudo, é necessário ter fé e confiar que com consciência, prudência e a mão do Criador guiando, aquilo que se busca tem grandes chances de dar certo.
E se não der certo, não há motivo para sentir vergonha ou de se cobrar além dos limites, ninguém erra por vontade própria, errar faz parte do processo de aprendizado e crescimento.
Paulo C. Andrighe
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